Em um cenário financeiro cada vez mais digitalizado, a atenção redobrada tornou-se fundamental. Saiba como identificar e evitar golpes que podem comprometer seu futuro.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil registrou 1.871.979 tentativas de fraude em bancos e cartões, um aumento de 21,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em fevereiro do mesmo ano, foram evitadas 1.119.316 tentativas de golpe — ou seja, uma fraude é barrada a cada 2,2 segundos.
Se concretizadas, essas fraudes poderiam gerar um prejuízo de R$ 15,7 bilhões. Além disso, metade dos brasileiros foi vítima de fraude em 2025, e mais da metade dos afetados sofreu perdas financeiras reais.
Os setores de bancos e cartões concentram 54% das tentativas de fraude. Serviços (31,9%), instituições financeiras (6,7%), telefonia (5,7%) e varejo (1,7%) completam o ranking de segmentos mais atingidos.
Quanto às vítimas, 59,5% das tentativas de golpe evitadas tiveram como alvo pessoas entre 26 e 50 anos. No entanto, casos contra jovens até 25 anos (15,2%), pessoas de 51 a 60 (13,4%) e idosos acima de 60 (11,9%) mostram que ninguém está imune.
O avanço da tecnologia tem sido duplamente prejudicial: ao mesmo tempo em que facilita o acesso ao crédito, também alimenta estratégias mais elaboradas de fraude. Criminosos utilizam inteligência artificial para gerar falsos atendentes, replicando vozes e criando chats automatizados que soam legítimos.
Além disso, há extração de grandes volumes de dados pessoais, contaminação de dispositivos com malwares via links maliciosos e aproveitamento de picos de demanda — como datas de pagamento de benefícios ou campanhas de “nome limpo”.
As consequências vão além da perda financeira direta. Vítimas encontram dificuldade para reaver valores, já que muitos golpes usam contas de passagem e pequenas fraudes pulverizadas. O estresse emocional, a perda de crédito e a burocracia para limpar o nome consomem tempo e tranquilidade.
Para o sistema financeiro, o aumento das fraudes abala a confiança dos consumidores, eleva custos operacionais e estimula investimentos em tecnologia antifraude — que cresceram mais de 78% no último ano.
A educação financeira e as campanhas de alerta são essenciais para manter o consumidor vigilante. Investir em campanhas de educação financeira e programas de treinamento corporativo ajuda a criar uma barreira contra novas modalidades de fraude.
Por fim, a atualização constante de estratégias de proteção, aliada a ferramentas como biometria, análise de dispositivos e validação avançada de documentos, fortalece a segurança dos serviços financeiros e reduz o risco de golpes no universo dos empréstimos.
Referências