>
Cartoes de Credito
>
Evitando Fraudes: O Que Fazer em Caso de Clonagem

Evitando Fraudes: O Que Fazer em Caso de Clonagem

19/10/2025 - 02:13
Marcos Vinicius
Evitando Fraudes: O Que Fazer em Caso de Clonagem

Em um mundo cada vez mais conectado, a clonagem de dispositivos móveis tornou-se uma ameaça real e constante. Golpistas exploram brechas digitais para se passarem por você, invadindo contas e esvaziando carteiras em frações de segundo. Este guia completo mostrará como se proteger, identificar sinais e agir rapidamente caso seu celular seja clonado.

Impacto da clonagem digital no Brasil

Os números revelam uma crise silenciosa: entre junho de 2024 e julho de 2025, cerca de 14,7 milhões de brasileiros tiveram seus celulares clonados. Isso corresponde a 8,7% da população nacional, com uma média de 1.700 a 2.000 vítimas por hora.

O prejuízo médio, estimado em prejuízo médio de R$ 815 por vítima, resultou em mais de R$ 12 bilhões de perdas totais. Além disso, familiares e amigos acabam sendo enganados por pedidos de transferência falsos, ampliando o impacto financeiro e emocional.

Além disso, 11,4% da população relatou ter a identidade digital usada por terceiros, resultando em R$ 5,3 bilhões em prejuízos. Com mais de 120 milhões de usuários ativos, o WhatsApp é o principal vetor desses golpes.

Principais golpes associados à clonagem

Com o número em mãos, o criminoso passa-se por você para enganar contatos e instituições. Os golpes mais recorrentes incluem:

  • Pedidos de transferência via Pix a amigos e familiares, alegando emergência.
  • Abertura de contas bancárias e compra de serviços online em seu nome.
  • Envio de mensagens falsas por contas empresariais, prejudicando sua reputação.
  • Fraudes sem toque físico, apenas via técnicas de engenharia social avançada.

Como as clonagens acontecem

Os criminosos utilizam diferentes métodos para assumir seu aparelho ou conta de mensagem:

1. Roubo ou furto do celular: acesso físico facilita a clonagem, mas não é obrigatório. Com o aparelho em mãos, a taxa de sucesso nos golpes dispara.

2. Vazamentos de dados: CPF, endereço, fotos e dados bancários extraídos de serviços vulneráveis ou por engenharia social avançada.

3. Phishing e links maliciosos: envio de links por SMS ou e-mail que instalam spywares disfarçados de atualizações ou aplicativos.

4. Exploração do WhatsApp Web: acesso via QR code em computadores compartilhados ou infectados.

Sinais de alerta

Fique atento a comportamentos estranhos em seu aparelho ou conta de mensagens:

- Mensagens marcadas como lidas sem sua intervenção.

- Recebimento de códigos de verificação não solicitados.

- Desconexões inesperadas no WhatsApp, exigindo novo login.

- Alterações na foto de perfil, status ou configurações sem permissão.

- Sessões desconhecidas ativas no WhatsApp Web.

- Contatos relatando pedidos suspeitos de dinheiro enviados por você.

Como se prevenir

Adotar hábitos seguros pode evitar muita dor de cabeça. Veja as principais recomendações:

  • habilitar a verificação em duas etapas nos aplicativos de mensagem para exigir senha extra.
  • Jamais compartilhar códigos de confirmação recebidos por SMS.
  • Monitorar e desconectar sessões desconhecidas no WhatsApp Web.
  • Manter os aplicativos sempre atualizados com as correções de segurança mais recentes.
  • Evitar clicar em links suspeitos recebidos por SMS, e-mail ou apps.
  • Configurar alertas bancários para toda movimentação fora do padrão.

Passo a passo após a clonagem

Caso perceba qualquer sinal de invasão, siga estas etapas sem demora:

  • Avisar todos os contatos, familiares e colegas para não atender a pedidos de dinheiro enviados da sua conta.
  • Entrar em contato com a operadora para bloquear o número e solicitar recuperação do chip.
  • Registrar boletim de ocorrência na delegacia eletrônica ou presencial, apresentando prints e provas.
  • Notificar o banco e solicitar bloqueio de cartões, contas e transações suspeitas.
  • Reinstalar os aplicativos afetados e reconfigurar proteção, verificação em duas etapas e senhas fortes.
  • Comunicar Procon, Serasa ou SPC se dados foram usados para abrir contas ou empréstimos em seu nome.

Políticas públicas e tendências futuras

Recentes campanhas de segurança digital, como “Internet Segura” do NIC.br, educam milhões de brasileiros sobre práticas seguras. Operadoras e Anatel reforçam alertas aos clientes e iniciativas de educação digital estão sendo incorporadas em escolas e empresas.

Porém, o desafio persiste: apenas 30% da população ativa a proteção extra no WhatsApp. Com o avanço das técnicas de fraude, é imperativo aplicar as medidas preventivas de forma consistente e manter-se informado sobre novas barreiras tecnológicas.

Empresas também precisam investir em treinamentos e APIs oficiais para reduzir riscos e fortalecer a segurança de seus consumidores.

Esteja sempre vigilante, compartilhe conhecimentos com sua rede e proteja sua identidade digital. A prevenção começa com pequenas atitudes diárias, mas faz toda a diferença quando seu futuro financeiro e sua tranquilidade estão em jogo.

Marcos Vinicius

Sobre o Autor: Marcos Vinicius

Marcos Vinicius