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Fundos de Investimento: Conheça as Melhores Categorias

Fundos de Investimento: Conheça as Melhores Categorias

15/10/2025 - 20:20
Giovanni Medeiros
Fundos de Investimento: Conheça as Melhores Categorias

Em um cenário de incertezas políticas e econômicas, os fundos de investimento surgem como uma alternativa atraente para quem deseja diversificar a carteira e potencializar ganhos em 2025. Este artigo explora as principais categorias disponíveis no Brasil, apresentando características, exemplos de destaque e recomendações práticas para o investidor moderno.

Contexto Geral do Mercado em 2025

O ambiente econômico para 2025 mostra sinais claros de recuperação após um ano desafiador em 2024, quando a renda variável doméstica recuou –10,36%. No primeiro trimestre de 2025, o Ibovespa acumula alta de +8,29%.

A inflação projetada de 5,5% e o crescimento estimado de 1,6% convivem com juros ainda elevados. A retomada do crescimento após um período de volatilidade reforça a importância da diversificação da carteira e a análise criteriosa de cada fundo.

Fundos de Ações

Focados em participação acionária de empresas listadas, esses fundos são recomendados para perfis moderados e arrojados, pois apresentam maior volatilidade, mas também potencial de retorno elevado.

Para avaliar um fundo de ações, observe:

  • Desempenho em relação ao Ibovespa
  • Consistência histórica
  • Qualidade da equipe de gestão
  • Filosofia de investimento (como bottom-up)

Em 2025, apenas 20 de 60 fundos superaram o Ibovespa no primeiro trimestre. Destaques de performance incluem:

Alaska Institucional: alta de +20,87% no 1º trimestre e +200,07% desde 2017, com portfólio concentrado em cerca de 20 empresas e análise micro detalhada.

Nord 10X FIA e Nord Melhores Fundos FoF Ações: estratégias que acompanham carteiras recomendadas, com lugar de destaque no primeiro quartil de rentabilidade.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os FIIs permitem exposição ao setor imobiliário com ativos que vão de galpões logísticos a recebíveis (CRIs). A segmentação típica inclui:

  • Fundos de “tijolo”: imóveis físicos
  • Fundos de “papel”: títulos imobiliários
  • Híbridos: combinação de imóveis e recebíveis
  • FoF: fundos de fundos

Com juros elevados, os FIIs de recebíveis destacam-se por oferecerem foco em crédito pós-fixado, enquanto os fundos de tijolo oferecem oportunidades de compra com desconto.

Destaques de 2025:

Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11): alta liquidez e bom desempenho esperado em ambiente de taxas elevadas.

Pátria Renda Urbana (HGRU11): diversificação geográfica e distribuição consistente de dividendos.

Brasil Plural Absoluto FoF (BPFF11): carteira diversificada com desconto sobre valor patrimonial.

Kinea Renda Imobiliária (KNRI11): híbrido de lajes corporativas e logística, com contratos indexados pela inflação.

Fundos Multimercado

Com estratégia flexível, esses fundos podem investir em ações, renda fixa, câmbio e outros ativos, buscando retornos superiores ao CDI com risco intermediário.

Principais tipos:

  • Alocação dinâmica
  • Long & short
  • Macro
  • Quantitativos

Exemplos de 2025:

Fundo AZ Quest: investimento mínimo de R$ 500, liquidez em D+1, taxa de administração de 0,8%, patrimônio de R$ 346,8 milhões.

Genoa Capital Radar Advisory FIC FIM: estratégia ativa, aplicação mínima de R$ 500, resgate em D+30 e taxa de até 2,1%.

Fundos de Renda Fixa

Indicados para investidores conservadores, aplicam em títulos públicos e privados, LCIs/LCAs, debêntures incentivadas e outros papéis com baixo risco.

Em 2025, fundos de debêntures fiscais atraem atenção pelo potencial de retorno acima do benchmark aliada à isenção fiscal.

Destaques:

OAK FI RF CP: líder em performance, com rendimento acumulado de 362,02% em período móvel.

Journey Capital Vitreo RDVT11: retorno de 134,73%, destacando-se entre os fundos conservadores.

Comparativo dos Principais Fundos

Tendências e Recomendações Práticas

Para 2025, o investidor deve considerar:

  • Acompanhamento constante das taxas vs. retornos observados.
  • Alinhamento de cada fundo com o perfil de risco.
  • Preferência por fundos com gestão transparente e histórico consistente.
  • Maior exposição a fundos de papel e multimercados dinâmicos.
  • Reserva de parte da carteira em fundos de renda fixa para proteção.

Em meio à reforma tributária e aos desafios políticos, a diversificação torna-se essencial para proteger o patrimônio e aproveitar as oportunidades de recuperação da Bolsa.

Conclusão: Os fundos de investimento oferecem caminhos variados para diferentes perfis de investidor. A escolha criteriosa baseada em performance, equipe de gestão e custo é fundamental.
Uma carteira diversificada, alinhada ao horizonte de investimento e ao apetite por risco, maximiza a probabilidade de sucesso, mesmo em um ambiente econômico desafiador.

Giovanni Medeiros

Sobre o Autor: Giovanni Medeiros

Giovanni Medeiros